Um blocos de Indicadores que trata da saúde infantil é o PMAQ – Saúde da Criança. Nesse grupo, há 9 indicadores de saúde que devem ser analisados com cuidado pela Equipe de Saúde para prestar um serviço cada vez melhor para a população infantil. Confira como o seu município deve analisar cada um desses gráficos e indicadores.
PMAQ – Tudo Sobre PMAQ – Seus Indicadores PMAQ – Como Implantar PMAQ – Em sua Cidade
Como Ler Essa Série de Artigos:
Nesta série de Artigos, você verá como analisar o PMAQ de forma inteligente, utilizando Gráficos de Avaliação diretamente na tela do seu computador e verá como implantar todos esses Gráficos em sua cidade em até 7 dias. Clique em um dos links abaixo para conhecer cada um dos indicadores.
- O quê é o PMAQ – Guia Completo.
- O quê ganho com o PMAQ?
- Área: Saúde da Mulher
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- Área: Vigilância – Tuberculose e Hanseníase
- Área: Saúde Mental
- Avaliando o PMAQ por Microárea – Separando o “Joio do Trigo”
- Indicadores do PMAQ – Como Implantar em 7 dias
2.1 PMAQ – Saúde da Criança: Média de Atendimentos de Puericultura:
Conceito: número médio de atendimentos de puericultura (Acompanhamento de Crescimento e Desenvolvimento), realizados por médico ou enfermeiro, por criança menor de 2 anos cadastrada na equipe de Atenção Básica, em determinado local e período.
O atendimento de puericultura permite o diagnóstico precoce de problemas relacionados ao crescimento, estado nutricional, desenvolvimento neuropsicomotor e comportamental, além da prevenção de doenças imuno-preveníveis e promoção de hábitos de vida saudáveis, entre outros.
Esse indicador mede a relação entre a produção de atendimentos de puericultura e ascrianças menores de 2 anos acompanhadas pela equipe de Atenção Básica no domicílio, avaliando a potencial suficiência da oferta desses atendimentos ambulatoriais, caso a produção
fosse igualmente distribuída por todas essas crianças.
Apesar das ações de puericultura não se limitarem às crianças menores de 2 anos, esta faixa etária está sendo priorizada pela Rede Cegonha.
Considerando o número de atendimentos de puericultura preconizados para menores de 1 ano (7 / ano) e crianças entre o 1º e 2º ano de vida (2 / ano), e o número médio de crianças menores de 2 anos segundo o censo 2010, a média de atendimentos de puericultura para crianças nessa faixa etária seria de 4,5 / criança / ano.
Função do Indicador no PMAQ: Avaliação de Desempenho
== GRÁFICO ==
2.2 Média de Atendimento Pré-Natal por Gestante Cadastrada:
Conceito: percentual de crianças acompanhadas no domicílio que estão sendo alimentadas exclusivamente com leite materno até os 120 dias de vida, em determinado local e período.
Estima a frequência da prática do aleitamento materno exclusivo nos primeiros quatro meses de vida.
Níveis de prevalência elevados estão associados a boas condições gerais de saúde e de nutrição da população infantil, sugerindo potencial resistência às infecções.
Segundo resultados regionais obtidos de uma base limpa do SIAB (2010), em média 76% das crianças acompanhadas pelos ACS nessa faixa etária estariam em aleitamento materno exclusivo, com uma variação entre 70% (NE) a 82% (N).
Um estudo realizado em 2008 sobre aleitamento materno exclusivo em crianças menores de 6 meses nas capitais brasileiras, apontou uma prevalência de 41%, com variação entre 56% (Belém) e 27% (Cuiabá) (Brasil, 2009).
Função do Indicador no PMAQ: Avaliação de Desempenho
Periodicidade: mensal
=== GRÁFICO ===
2.3 Proporção de gestantes que Iniciaram Pré-Natal no Primeiro Trimestre:
Conceito: percentual de crianças menores de 1 ano imunizadas de acordo com o esquema vacinal vigente para essa faixa etária, em determinado local e período.
Devem ser considerados os seguintes tipos de vacinas e respectivo esquema, de acordo com o período de análise:
- Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções pela bactéria haemophilus influenza tipo b), 3 doses em menores de 1 ano;
- Poliomielite oral, 3 doses em menores de 1 ano;
- Tuberculose – BCG, 1 dose em menores de 1 ano;
- Hepatite B, 3 doses em menores de 1 ano;
Esse indicador estima a proporção da população infantil menor de 1 ano imunizada de acordo com o esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).
A meta operacional básica do Programa Nacional de Imunização (PNI) é vacinar 100% das
crianças menores de 1 ano com todas as vacinas indicadas no calendário básico.
Segundo dados extraídos de uma base limpa do SIAB (2010), 97% das crianças menores de 1 ano acompanhadas pelos ACS estariam com a vacinação em dia, com uma variação entre 96% (NE, N) a 99% (CO).
Valores médios elevados podem encobrir bolsões de baixa cobertura em determinados grupos populacionais, comprometendo o controle das doenças imuno-preveníveis. A desagregação dos dados por microárea pode demonstrar essas variações e intervenções em áreas específicas.
Função do Indicador no PMAQ: Avaliação de Desempenho
Periodicidade: Mensal
=== GRÁFICO ===
2.4 Proporção de crianças menos de 2 anos pesadas:
Conceito: este indicador expressa o percentual de crianças menores de 2 anos pesadas entre as acompanhadas no domicílio, em determinado local e período.
Mede a cobertura de crianças de 02 anos pesadas, em relação ao total das acompanhadas no domicílio. A mensuração periódica do peso das crianças permite a identificação precoce de situações de risco e necessidades de intervenção associadas com baixo peso, desnutrição ou sobrepeso.
Considerando que as famílias com crianças devem ser priorizadas nas visitas domiciliares e que a mensuração do peso constitui uma atividade essencial para o acompanhamento das crianças, espera-se que a totalidade das crianças com menos de 2 anos sejam regularmente
pesadas.
Segundo dados obtidos de uma base limpa do SIAB, mais de 90% das crianças acompanhadas na Saúde da Família seriam pesadas, com uma variação regional entre 85% (N) a 91% (NE).
Função do Indicador no PMAQ: Avaliação de Desempenho
==== GRÁFICO ===
2.5 Média de Consultas para Menores de 1 ano:
Conceito: número médio de consultas médicas por criança menor de 1 ano, em determinado local e período.
Permite analisar a suficiência da produção de consultas médicas para essa faixa etária em relação à demanda potencial das crianças menores de 1 ano acompanhadas pela equipe nos domicílios, no mesmo local e período.
Esse indicador considera, além dos atendimentos médicos programáticos (puericultura), as consultas de urgência e demanda agendada, permitindo uma análise mais abrangente da acessibilidade da equipe para as doenças prevalentes nessa faixa etária e outras demandas
espontâneas. Ele permite avaliar a adequação do volume da produção de consultas médicas em relação às necessidades da população, subsidiando processos de planejamento, gestão e avaliação voltados para a assistência médica à saúde da criança.
ALERTA: é importante que os registros de atendimentos de puericultura realizados pelos médicos também sejam registrados na Ficha D de consultas médicas por faixa etária, para não subestimar a oferta de atendimentos médicos que esse indicador pretende mensurar.
Função do Indicador no PMAQ: Avaliação de Desempenho
Periodicidade: Mensal
== GRÁFICO===
2.6 Média de Consultas para Menores de 5 anos:
Conceito: número médio de consultas médicas por criança menor de 5 anos cadastrada, em determinado local e período.
Permite analisar a suficiência da produção de consultas médicas para essa faixa etária em relação à demanda potencial das crianças menores de 5 anos cadastradas pela equipe nos domicílios, no mesmo local e período.
Esse indicador considera, além dos atendimentos médicos programáticos (puericultura), as consultas de urgência e demanda agendada, permitindo uma análise mais abrangente da acessibilidade da equipe para as doenças prevalentes nessa faixa etária e outras demandas
espontâneas.
Com base em parâmetros de programação da Programação Pactuada e Integrada (PPI) e do Prograb – metade dos atendimentos de puericultura e estimativa de doenças prevalentes na infância -, estima-se uma média anual de 1,7 consultas médicas por criança menor de 5 anos.
Segundo dados extraídos de uma base limpa do SIAB (2010), a média de consultas médicas por criança nessa faixa etária estaria em 1,7, variando de 1,6 (SE) a 1,9 (S e N). Esse indicador permite avaliar a adequação do volume da produção de consultas médicas
em relação às necessidades da população, subsidiando processos de planejamento, gestão e avaliação voltados para a assistência médica à saúde da criança.
ALERTA: é importante que os registros de atendimentos de puericultura realizados pelos médicos também sejam registrados na Ficha D de consultas médicas por faixa etária, para não subestimar a oferta de atendimentos médicos que esse indicador pretende mensurar.
Função do Indicador no PMAQ: Avaliação de Desempenho
Periodicidade: Mensal
==== GRÁFICO ===
2.7 Proporção de Crianças com Baixo Peso ao Nascer:
Conceito: percentual de crianças com peso ao nascer inferior a 2.500 gramas, em determinado local e período. Compreende a primeira pesagem do recém nascido, preferencialmente realizada durante a 1ª hora de vida, no Hospital ou Maternidade onde nasceram
Esse indicador é calculado com base na proporção de registros de nascidos vivos cuja primeira pesagem foi menor que 2.500 g e o total de nascidos vivos. Essa informação pode ser obtida no Prontuário, na declaração de nascido vivo ou na Caderneta de Saúde da Criança.
Mede, percentualmente, a frequência de nascidos vivos de baixo peso, em relação ao total de nascidos vivos e pretende antes de tudo verificar em que medida as equipes de AB estão identificando esse grupo de risco para acompanhamento prioritário.
A ocorrência de baixo peso ao nascer expressa retardo do crescimento intrauterino ou prematuridade e representa importante fator de risco para a morbimortalidade neonatal e infantil.
Portanto, trata-se de um grupo de risco que deve ser identificado e acompanhado com prioridade máxima pelas equipes de AB.
O indicador serve como preditor da sobrevivência infantil: quanto menor o peso ao nascer, maior a probabilidade de morte precoce. Valores em torno de 5-6% são encontrados em países desenvolvidos, e convenções internacionais estabelecem que esta proporção não deve
ultrapassar 10%. Segundo dados de 2009 do SINASC, a média nacional seria de 8,4%, variando de 6,7% (TO) a 9,68% (DF).
Segundo dados extraídos de uma base limpa do SIAB, 9,5% dos nascidos vivos cadastrados pelas equipes da ESF seriam de baixo peso, com uma variação entre 8% (NE) a 11% (S).
Proporções elevadas de nascidos vivos de baixo peso estão associadas, em geral, a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e de assistência materno-infantil, não só referentes ao pré-natal, mas também à prematuridade relacionada ao excesso de partos
cirúrgicos.
Esse indicador pode subsidiar iniciativas de intervenção na qualidade do pré-natal e orientar condutas de risco das gestantes que vulnerabilizam ao baixo peso ao nascer (tabagismo, alcoolismo e outras). Pode ser utilizado para processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações voltadas para a promoção da saúde reprodutiva, bem como proteção e atenção
à saúde infantil.
Esse indicador não é influenciado apenas pela qualidade do pré-natal ou por fatores de risco sobre os quais as equipes possam atuar, mas também por outros aspectos, como a qualidade da assistência ao parto e interrupção prematura da gestação. É importante observar que as maiores frequências de baixo peso ao nascer são apresentadas por estados onde a proporção de partos cesáreos também está acima da média nacional.
Função do Indicador no PMAQ: monitoramento
Periodicidade: Mensal
=== GRÁFICO ===
2.8 Proporção de Crianças Menores de 1 ano acompanhadas no Domicílio:
Conceito: este indicador mede o percentual de crianças menores de um ano residentes que foram acompanhados por meio de visitas domiciliares dentre as cadastrados pela equipe, em determinado local e período.
Esse indicador expressa a proporção de crianças menores de 1 ano acompanhadas por meio de visitas domiciliares regulares. O objetivo dessa ação é o acompanhamento desse grupo prioritário de forma proativa pela equipe, de modo a monitorar sua situação de saúde, estimular a realização de ações preconizadas para essa faixa etária (consultas de puericultura em dia, vacinação em dia, aleitamento materno,…), identificar precocemente situações de risco para encaminhamento oportuno e realizar ações educativas junto à família para melhoria da qualidade do cuidado à criança, entre outros.
Função do Indicador no PMAQ: monitoramento
Periodicidade: Mensal
=== GRÁFICO ===
2.9 Proporção de Crianças Menores de 1 ano acompanhadas no Domicílio:
Conceito: percentual de crianças menores de cinco anos de idade cujo estado nutricional foi acompanhado no âmbito da Atenção Básica por meio do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) em determinado espaço geográfico, no período considerado.
Mede a proporção de crianças menores de cinco anos que tiveram o estado nutricional acompanhado dentro das ações de puericultura da atenção básica à saúde, por meio do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN.Nas crianças menores de cinco anos, a vigilância nutricional por meio do SISVAN permite avaliar indicadores como peso-para-idade, altura-para idade e Índice de Massa Corporal (IMC) para idade, permitindo o cálculo de importantes prevalências, tais como desnutrição (ponderal e crônica), eutrofia (para quaisquer dos
indicadores), excesso de peso e obesidade.
O indicador de desnutrição infantil no Pacto pela Saúde (baixo peso para idade em crianças menores de cinco anos) é obtido a partir do SISVAN, portanto a melhoria da cobertura desse sistema também promove o alcance da meta pactuada pelo município.
Função do Indicador no PMAQ: monitoramento
Periodicidade: Mensal
=== GRÁFICO ===
2.10 Proporção de Crianças Menores de 1 ano acompanhadas no Domicílio:
Conceito: percentual de crianças menores de cinco anos de idade cujo estado nutricional foi acompanhado no âmbito da Atenção Básica por